Para a Elisa, o Rinoceronte. o Pessoa e para mais 77 mini-pessoas que aprendo a conhecer (em) dia sim, dia não
Sobre o coração
triângulo invertido
ou taça
encarnada de sangue
ou não
que« gira a entreter a razão»…
Sobre o aparo da caneta
que verde aguerrida lança
muita tinta tinta preta
na noite do desamparo
nos dias de solidão
Sobre quem
a empunha e sustem
e em torno do qual
tudo e nada se dispõe
por sobre uns óculos de lua
seu eu figura triste
a sua triste figura
refletida a dobrar
gémeos em busca de mar…
Sobre o tanto se outrar
num perpétuo imaginar
sobre o mistério do ser
de existir sem viver
a arte jogo de pena
sob a carta de baralho uma carta escrever:
variada vem serena
surpreendente visão…
Sobre a sede d’ emoção
sobre esse comboio de corda
que é chama- o coração!