Poesia

Do papel para a parede

Do Jardim das Plantas
seu cárcere e
de Java
onde a flora a coroou
saltou para a parede do meu quarto
por onde
amiúde
deslizou
ia e vinha interrogando a noite
ondulante desejo de caçar
mas regressava e
trepava para um ramo
onde a lua a vinha acariciar
E foi lá que um dia se instalou
para que eu a pudesse contemplar...



Esqueço os factos
os filmes
a ficção
esqueço nomes
numes
datas...
as pessoas
porém
permanecem.