Se não estivesse desperto, não teria sentido
Esse vento que se levantou e revoluteou nas telhas
Percutidas pelas leves folhas do sicómoro
E que me fez levantar, todo eu vibrando,
Vivo e pulsando como uma vedação eléctrica:
Se não estivesse desperto, não o teria sentido
Chegou e partiu tão repentinamente
E quase pareceu ameaçador,
Regressando como um animal a casa,
Um mensageiro estridente que ali e então
Perdeu progressivamente o fôlego. Mas que
Não voltei a sentir. E agora também não.
Este é um poema de Seamus Heaney, do livro Human Chain, que ainda não está traduzido. Fascinou-me de tal modo que,com a ousadia que só a intensidade permite, me atrevi a manipulá-lo ! Espero não o ter distorcido...
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