domingo, 22 de abril de 2012

«Once a tailor»... always a tailor?

Usa-me, faz um costureiro do que de mim resta
para que não haja prova! A pele dorida e magoada
faz de corpete desfaz os pontos


fui costureiro outrora, em tempos de escassez
tive uma loja, a minha primeira camisa voou da
minha pele demasiado cedo, desejo
agora tão alheio ao meu coração



Recorta alguma chuva da tua pele para mim
mesmo no lugar onde nos separámos, essas tesouras
deixaram a memória ferrugenta!Por baixo do
botão, ausência de pele e solidão

desejo que é agora desmedido




                               HAYDAR ERGULEN

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