segunda-feira, 20 de junho de 2016

O Lobisomem


A lua cheia  tinha nascido quando vislumbrei  o  meu amigo
De passagem se encontrava 
vimo-nos- no fim da viagem?-  melhor seria espreitar... 
 Entrou afinal e, como se fora normal, um spray me ofertou
 p'ra borrifar o olhar,
 e disse que ia jantar.

O meu amigo... não sei como estava vestido
       mas tinha o nariz mais comprido
 na mesa  o prato vazio no copo um gole restava ; 
 seus olhos pediam croquetes e um jarro de« tintol»
 recuperei as soquettes e jogámos futebol
 na baylia o Vian o noir  e a poesia 
 felizmente não morreu! e  eu que cantei  
  cheguei a casa e chorei  por não o poder amar
- e nele me transformei.


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