sábado, 21 de abril de 2018

Borboletreando


2 antenas, clavadas, são nariz e GPS
4 asas com a benesse de cores estruturais
6 pernas articuladas buscando sais minerais
pairam descem pousam em fezes flores frutos
em líquidos sangue urina- beleza e decomposição-
que 1 espiritromba lentamente sugará
de pólen proteínas se alimentam ainda “as meninas”;
no dorso 1 coração hemolinfa bombeará
aberta circulação por músculos tórax ventre
exo-esqueleto com escamas - para nós apenas pó – e
uma miríade de lentes n’1 par de olhos em ó;
censores nos pés detetam folhas para os bebés
onde se agarram quando ovos; lagartas depois
rastejam comem tecem fios de seda
onde se esconderão que na imago romperão
e logo acasalarão...

Polimórficas frágeis miméticas instáveis
do frio fogem rumo ao sol em longa viagem
migrando ou mui quietas ficando na adultidade
para adiar o ciclo de sua graciosa brevidade.

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