Litania do eterno e do finito
Uma ilha já não é uma ilha hoje
O mar é um espelho
fundo
Coagulado
Sobrevoado
Distante
Tão parado
Tão longe já do medo
de outras eras
Uma ilha já não é de
muros de água
Para livrar-me dela
tenho asas
Libertei-me da ilha
no meu corpo
Mas tenho-a
enquistada na minha alma
Madalena Ferin (1929-2010)
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