M(o)uette
Porque já não sabia com que pé dançar
Ela levantou voo mas quase com pesar
nesse grito perplexo das aves do nosso mar
Ofuscada talvez a
sua alma dá viravoltas
com a asa bate no gume da falésia
e mergulha a pique
na água negra
por desespero por
vingança também
E nós corremos entretanto
no atalho costeiro
chorando lágrimas
que o vento nos arranca
Ao considerar o
abismo que ferve mais abaixo
e a nossa tácita aprovação
do seu elevar-se
de branda angústia
torcemos as mãos
Sylvie K, França (1957)
- traduzido por mim-
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