nos mosteiros existem misteriosos
pomares
deambulando no meio de um pomar
sem fim
direi enfim adeus às frequentes cãibras
colhendo frutos de todas as árvores
tornando-me silvestre
Hei de distinguir cada pássaro pelo seu canto
cada folha me contará a sua origem
no rio onde viverei os peixes me acompanharão
no escuro fontes de luz inesperadas
hão de vir
quotidianamente
ao meu encontro até
me dissolver nelas
De novo
serei nebulosa
pó de estrelas
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