quinta-feira, 1 de dezembro de 2022

«A minha gente»

 

A minha gente

Parece ter brotado

Desta terra seca

 

Brotada dos vulcões

Nascida de uma concha

Que o mar depositou na areia.

 

A minha gente

Tem rugas de olhar o longe

Rugas de rir

De sofrer

E de morrer

As de morrer são mais bonitas

Provam o renascer

A cada dia.

 

Eileen Barbosa, Senegal, 1982



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