Desejar é supérfluo, ali onde o corpo
A
Dina Posada
Abandono-me a toda a extensão da minha
inteligência e da minha sensibilidade.
Já não busco apoio, nem tenho base.
Não sei onde procuro, nem sei o que estou procurando.
É a mulher viva a quem isto fere, e a paralisia
que me sufoca está no centro da minha presença usual,
nunca nos meus sentidos de mulher predestinada.
O meu suplício é tão subtil, tão raro quanto ordinário.
Vence-me a imobilidade impedindo-me cada vez
mais de me
devolver a mim própria,
quando o caminho antigo vem ao meu encontro.
Lauren Mendinueta, Colômbia,1977
(a tradução é minha)
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