quarta-feira, 16 de outubro de 2019

2 poemas de um curdo-turco


 Aqui jaz qualquer poema
 Eu dentro
 Tu fora do poema
 Eu água
 Tu a correnteza do poema
 Para só sair lentamente do espaço em que dura
 Longe de qualquer permanência.

Seyhmus Dagtekin (1964)



Quando te retiras do mundo
O mundo não pára por isso,
Não se retira.
Quando vais para o vasto mundo
Não te tornas vasto por isso.
Quando te privas da multidão
Não ocupas com isso a tua solidão
Não a expandes.
Quando te expulsas do barulho
Não descobres com isso o silêncio.
Quando cortas os teus ramos
Não aumentas, ao fazê-lo, 
A seiva que irriga a tua fronte.
                                                        (traduzidos, do francês, por mim)

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