Quando eu desaparecer do mapa
morarás talvez na cabana
ao de leve imaginada
no meio da mata porém
desejo dos sem vintém
pássaros na alba te despertarão
dessa sonolência insana
que te assalta e te esvazia
sangue cereja
as feridas das tuas
mãos
milho e oliveiras plantarão
durante o dia
grilos e cigarras
em cio te acompanharão
e tu os farás mansamente cantar
encolhendo as tuas garras
que só servem para caçar
no lampejo dos
noctilúcios
no vazio deixado por
estrela cadente
e cansada de céu
hás de lembrar-te
muito vagamente
do que é meu
que em cinzas descanso
finalmente
até renascer
num muito outro
trilo
ou
na Grécia
ou
no Nilo.
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