Palmas
Palmas para nós que as almas se afogam em águas calmas
Plumas onde as estrelas se encontram nas discotecas
Sem cuecas amizades alforrecas deitado e marreca coitado
Pretéritas usadas moedas lançadas ao fundo do nada molhadas
E secas namorada e cansada dum poeta abjecto queimado num altar
Palmas para nós dores d'almas ressacas opacas
Sem ondas nem entregas mãos magras
Plumas sem penas das arquitetas já só há palavras
Ocas cimentadas em maquetas manchadas em tretas
Secretas projetadas já cansadas de nós
Rui Reininho, (1955)
Sem comentários:
Enviar um comentário