quinta-feira, 18 de junho de 2015

Flores para Hélia Correia



 (...) «Estou consciente do desequilíbrio que afectou esta massa narrativa. Descai na maior parte para a infância, depois começa a fraquejar, depois dissipa-se. Os passos biográficos que evoco não são a minha vida. São fragmentos de experiências comuns, objectos de partilha que podemos manobrar frente aos outros sem pudor. Há, para muitos deles, testemunhas. Posso mostrá-los, como mostro até o quarto de dormir para exibir bordados que me faz a minha irmã. À serra, não vos levo. Não vos levo para dentro dos meus esconderijos. Está lá a minha escrita: não falo dela. Estão lá as minhas vidas: reservadas e subterrâneas, sem acesso à vista. Estão as palavras e o interdito. Estão os lugares e os tempos que se regem por coordenadas que não deixo aqui.»

Ler mais: http://visao.sapo.pt/autobiografia-de-helia-correia-a-menina-dos-gatos=f822990#ixzz3dQeCSrtq

Sem comentários: