sábado, 24 de junho de 2017

Almas dançantes


Afinal era tudo mentira,
 até aquela última cerveja, morta,
 às cinco da manhã,
 quando o corpo pede
 mais companhia do que cama,
 e, já sem quarto,
 dorme a insónia por baixo de uma porta.

São ilusões de lúpulo
 na madrugada
 e tráfico de influências pequeníssimas
 pelos rostos de modestas ambições.

Tão reduzidas ficaram as almas à mercê de zoom.


António Ferra



Sem comentários: