segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Em sítio deslocalizado

O deserto está perto. Sempre. Mas o deserto é fértil

Gosto de gostar de si
num sítio assim

 Adília Lopes (1960) 


Preciso de te ver
 esguio
sempre a correr
 entre conversas e vinho
 ou arrojado no corpo
 em malabarismo subtil
 assustar-me de mansinho com 1 enorme barril

Passo a passo no papel
ponho a milhas a desdita
 vou ceifando mil abrolhos
brilha o claro dos teus olhos
no negro da minha escrita


Para bem adormecer vou ao campo pra te ver



(agradeço ao grande Luís, à Adília, à desertificação , ao campo e ao céu)

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