É a violência que dita os nossos percursos
como a paixão que se extingue em mãos indomesticáveis,
o pulsar das
linguagens que dominamos
dentro de cada
cicatriz, uma memória
dentro de cada reino,
um tirano.
é de violência que
somos feitas
como acordar para uma
ressaca infinita
e cancelar a noite,
apagar os emails onde nos ofendemos.
há um animal selvagem no fim da memória
alimenta-se do furor das coisas
aquelas que são atiradas para o chão e partem
e se desfazem em tantos pedaços inalcançáveis até serem
a confusão que trazemos por dentro.
Sara F. Costa, 1987
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