Como se algum destino
ou
ser na terra
me perseguisse…
como se algum caminho eu soubesse
ou sítio houvesse para onde ir…
como se a cada passo avançasse
na direcção exacta
para um tempo todo ainda por vir…
como se acreditasse em roteiros
de navios que partem
e à espera de alguém acreditasse em paixões…
não conhecesse o enorme vazio
do deserto frio onde enregelam
tantos corações…
como se não me
perdesse sempre
na imensidão do
espaço
e meus braços não
me chegassem
para me estreitar
num forte abraço…
como se
estivesse ainda à procura de algum rumo
visse surgir do
nada Aladino envolto em fumo
numa lâmpada de
chama ténue a esvair-se…
caminhando pelo cais de Roterdão
guiada por meus pés gelados
que fingem saber por onde vão
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