quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Retornar, renascer e por aí fora...para A.Camus



Nos caminhos que percorro ao relento encontro quase sempre o meu sustento.


«Respiro a única felicidade de que sou capaz - uma consciência atenciosa e cordial. Passeio o dia todo (...) cada ser que encontro, cada cheiro dessa rua, tudo é pretexto para amar sem medida. Jovens mulheres supervisionam uma colônia de férias, a trombeta do vendedor de sorvetes, as barracas de frutas, melancias vermelhas com caroços negros, uvas translúcidas e meladas - tantos apoios para quem não sabe ser só. Mas a flauta ácida e terna das cigarras, o perfume de águas e de estrelas que se encontram nas noites de setembro, os caminhos aromáticos entre as árvores de pistache e os juncos… tantos sinais de amor para quem é forçado a ser só.»



«Já se disse que as grandes ideias vêm ao mundo mansamente, como pombas. Talvez, então, se ouvirmos com atenção, escutaremos, no meio do estrépito de impérios e nações, um discreto bater de asas, o suave acordar da vida e da esperança. Alguns dirão que tal esperança, jaz numa nação; outros, num homem. Eu creio, ao contrário, que ela é despertada, revivificada, alimentada por milhões de indivíduos solitários, cujos atos e trabalho, diariamente, negam as fronteiras e as implicações mais cruas da história. Como resultado, brilha por um breve momento a verdade, sempre ameaçada, que todo e qualquer homem, sobre a base dos seus próprios sofrimentos e alegrias, constrói para todos.»



Albert Camus

Epiphâneia gentia (em 2 andamentos)

Embora absurdamente morto estás em mim muito viver custa muitos vivem à custa e eu «boé à justa» nomeadamente por ti que nasceste em Mondovi

Sou tua filha bastarda que mora numa mansarda em Casablanca e mais ao lado combato o fado de mão na ianca também nunca conduzi e vagueio em paris onde contigo não morri.

 

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