quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Para F.Saussure - a arbitrariedade do signo linguistico - e R.Jakobson


 A magnólia

A exaltação do mínimo,
e o magnífico relâmpago
do acontecimento mestre
restituem-me a forma
o meu resplendor. 

Um diminuto berço me recolhe
onde a palavra se elide
na matéria - na metáfora -
necessária, e leve, a cada um
onde se ecoa e resvala. 

A magnólia,
o som que se desenvolve nela
quando pronunciada,
é um exaltado aroma
Perdido na tempestade, 

um mínimo ente magnífico
desfolhando relâmpagos
sobre mim. 




luiza  neto jorge
o seu a seu tempo
poesia
assírio & alvim

1993

notas: o significante e o significado sem objecto a que se reportarem.
 A função poética da linguagem não pervertida pela publicidade.

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