A viola de madeira
A viola de madeira no silêncio
do seu canto. Desafinou-a o olvido. Dias
há em que padece que a toque
como usei tocar mas
os dons daquela caixa são presente
de um passado (boémio
idealista) a que não sei regressar. Côncava
(depois
conversa) quase cedo a pegar nela
não pelo rigor das cordas
mais
pelo cursar do madeiro.
J. L. Barreto Guimarães, Luz
Última, Ed. Cotovia, Lda, 2006
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