“É a guerra aquele
monstro que se sustenta das fazendas, do sangue, das vidas, e quanto mais come e
consome, tanto menos se farta. É a guerra aquela tempestade terrestre, que leva
os campos, as casas, as vilas, os castelos, as cidades, e talvez em um momento
sorve os reinos e monarquias inteiras. É a guerra aquela calamidade composta de
todas as calamidades, em que não há mal algum que, ou se não padeça, ou se não
tema, nem bem que seja próprio e seguro. O pai não tem seguro o filho, o rico
não tem segura a fazenda, o pobre não tem seguro o seu suor, o nobre não tem
segura a honra, o eclesiástico não tem segura a imunidade, o religioso não tem
segura a sua cela; e até Deus nos templos e nos sacrários não está
seguro”.
(“Sermão
Histórico e Panegírico nos Anos da Rainha D. Maria Francisca de Sabóia”,
II)
"É a guerra aquele monstro que se sustenta das
fazendas, do sangue, das vidas, e quanto mais come
e consome tanto menos se farta."
Sem comentários:
Enviar um comentário