Há um galo sozinho à beira do cais
Há um cão que s’arrasta
para lá.
Há um mundo que
deixam nos rastos.
Há depois um barco que parte lento.
Uma lágrima que
disserta sobre o olvido.
Uma sereia que ouve saudade dos que partem.
Uma cidade feita de azul espúmea desoras,
um sonho que desperta
toda a madrugada
E um poema que no mar
somente não se enjoa.
Valdemar Valentino Velhinho Rodrigues, Cabo Verde (1961)
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