Guia-me até ao porto
onde o farol jaz
abandonado
e a lua range nas
vigas de madeira.
Deixa-me ouvir o vento chamar por entre as árvores
e ver as estrelas
irromperem, uma a uma,
como os rostos
esquecidos dos mortos.
Eu nunca fui capaz de rezar,
mas deixa-me
gravar o meu nome
no livro das ondas
e depois olhar intensamente a cúpula
de um céu que não
tem fim
e ver a minha voz
navegar pela noite dentro.
Edward Hirsch, EUA, 1950
(tradução de Luís Filipe Parrado)
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