sexta-feira, 15 de abril de 2022

Da guerra e da Terra no papel

Anónimas fardas

onde o sangue

em verde cinza coagulou

podres de abandono

sobre o teu corpo que

de transtorno

mudo e calvo se quedou;

a ti ainda se encostam

esqueletos carbonizados

  das máquinas que

     num vaivém

     a guerra sustém

És da ganância

refém

de homens em armas

 de máquinas letais

       Porém

Quem as fabrica quem as encomenda

Quem as vende quem compra mais

        Quem as oferece também

       Não sabemos bem…

     queimada Terra-mãe

    mas gostamos de em ti viver

                    em paz

 

 - A guerra sempre existiu é

 uma espécie de fatalidade,

                    rapaz,

 fonte de progresso no entanto

aceleração da história contudo…

 - rapace desumanidade!

   barbaridade total!

    entre mentes horror …

fonte de riqueza

                              sobretudo

para os senhores da guerra

      a quem a morte apetece.

 Certo-certo é morrermos todos

     e esses também-

                                  -acontece…

  Ó quanto aguentas Mãe- terra

enquanto o teu corpo esmorece. 





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