segunda-feira, 18 de agosto de 2014

A vez de ir ao mar



quando for a minha vez de ir ao mar
devolvam-me da infância
as andorinhas
as conchas e...
as marés

os búzios, as
canas de pesca, as
tardes
e a
nudez

tragam a leveza que inaugurava a
praia e a
manhã

a mão que escondia o
sol e acenava ao
pássaro branco.

a secreta ânsia de espreitar a tarde
a expressão de repouso no olhar.


ONDJAKI, DENTRO DE MIM FAZ SUL, seguido de ACTO SANGUÍNEO (Caminho, 2010)

 

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