domingo, 31 de agosto de 2014

Erupção e irrupção

Irrupções furtivas

Há aposentos que emergem
de um fulgor ancestral. Onde se urdem,
se propagam,
como um eco no silêncio. São espaços
abissais.

Um fio apenas os concentra.
Dele pendem. Nele
se juntam. É ele que os sustém
ou precipita. São latitudes, são situações.
São arestas que aproximam
os seus volumes.
Lapsos de cálida embriaguez.
Por vezes surgem na mata brava,
nela se fundem, se espalham, recriam raízes
na sua quietude. Deixam, por vezes,
um rasto breve.


Coral Bracho (México, n.1951)- a tradução é minha.



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