FILEIRAS DE LETRAS I
Fileiras de letras, pequenas colunas volúveis,
formigas omnívoras,
agarradas ao sentido
e à emoção.
Negras cadeias
até onde?
As sombras invertidas
trespassam as ondas,
os espelhos do vazio
até onde?
Um parêntese de tempo no tempo.
A curva do verso
propaga luz e imagina obscuridades
nos quatro costados.
Até onde?
Cada vez mais velozes
partem os mundos
os corvídeos versos alados.
Há tanta lonjura no sopro
de seus leques
pretos e brancos
até onde?
Zhivka
Baltadzhieva, Bulgária (1947)
( a tradução, do inglês, é minha)
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