domingo, 21 de fevereiro de 2016

Até onde?



FILEIRAS DE LETRAS I

Fileiras de letras, pequenas colunas volúveis,
 formigas omnívoras,

 agarradas ao sentido e à emoção.

 Negras cadeias
 até onde?

 As sombras invertidas trespassam as ondas,
 os espelhos do vazio
 até onde?

Um parêntese de tempo no tempo.

 A curva do verso propaga luz e imagina obscuridades
 nos quatro costados.
 Até onde?

 Cada vez mais velozes partem os mundos
 os corvídeos versos alados.

 Há tanta lonjura no sopro
 de seus leques pretos e brancos


 até onde?

Zhivka Baltadzhieva, Bulgária (1947)

        ( a tradução, do inglês, é minha)




Sem comentários: