Não trago muito
só o ânimo incerto
face à quietude de um
rio eterno
e um punhado de
coisas ocas
pestíferas de falta
de préstimo
E quando for a guerra
a termo
os mortos levados
um império despojado
e os campos
permanecerem
vazios e lavrados
correrá sangue nas
flores
Não guardei muito:
para lá dos braços e
mãos inúteis
não podendo ter de
nada
vaporizado a vida
Mercenário do
infinito,
escavei algum
absoluto
no espaço onde
enterrei companhia
Agora luto e noite na
paz
e só metade de
sabedoria
que me amaine o horto
de incêndio
e o sepulte no
panteão
o resto levou-me a
guerra
Marta Esteves, (sem
dados precisos)
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