Vêm agora
Empoleirados em camiões.
O único contacto
Com a terra
É quando saltam
Para a pisar.
Têm um coração
Que deve ser cego,
Por isso amparam-se
A uma espingarda,
Como os cegos
A uma bengala.
Caminham dos pés à cabeça
Carregando com a morte:
São muitos
Os que tropeçam já
Num sulco de terra.
Esses
Não tornarão a ver
O disco da aurora.
Outros se seguirão,
Um a um.
Esta
É a palavra
Empoleirados em camiões.
O único contacto
Com a terra
É quando saltam
Para a pisar.
Têm um coração
Que deve ser cego,
Por isso amparam-se
A uma espingarda,
Como os cegos
A uma bengala.
Caminham dos pés à cabeça
Carregando com a morte:
São muitos
Os que tropeçam já
Num sulco de terra.
Esses
Não tornarão a ver
O disco da aurora.
Outros se seguirão,
Um a um.
Esta
É a palavra
Dum coração que vê.
Alberto Pimenta (26/12/1937)
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