A matéria das
palavras
Estamos aqui. Interrogamos símbolos persistentes.
É a hora do infinito
desacerto-acerto.
O vulto da nossa singularidade viaja por palavras
matéria insensível de
um poder esquivo.
Confissões
discordantes pavimentam a nossa hesitação.
Há uma embriaguez de
luto em nossos actos-chaves.
Aspiramos à alta liberdade
um bem sempre
suspenso que nos crucifica.
Cheios de ávidas
esperanças sobrevoamos
e depois mergulhamos
nessa outra esfera imaginária.
Com arriscada atenção aspiramos à ditosa notícia de uma
perfeição
especialista em
fracassos.
Estrangeiros sempre
agudamente colhemos os frutos discordantes.
Ana Hatherly
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