segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Arte poética




arte poética

 Iludir os alarmes,
 as câmaras de segurança,
 a paranóia infravermelha.
 Entrar com os pés descalços,
 avançando rente ao solo,
 o coração no sítio certo.
 Não ter pressa, fugir só
 no último segundo, nunca
 pela saída de emergência.


José Mário Silva, 1972



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