(...) Não morrem
jovens todos a que os Deuses amam, senão entendendo-se por morte o acabamento
do que constitui a vida. E como à vida, além da mesma vida, a constitui o
instinto natural com que se a vive, os Deuses, aos que amam, matam jovens ou na
vida, ou no instinto natural com que vivê-la. Uns morrem; aos outros, tirado o
instinto com que vivam, pesa a vida como morte, vivem morte, morrem a vida em
ela. (...)
Fernando Pessoa, in Textos de crítica e de intervenção
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