ULISSES
À praia de Ítaca
me trouxeram adormecido, 
 um corpo inerte
apenas.
 Primeiro
 não me reconheceram
 e depois nínguém me
perguntou
 nada.
 Matei
 os pretendentes.
 E já
 não tenho de navegar.
Não tenho de inventar.
 Não tenho de
inventar-me.
 Não tenho de ser
 outro.
 Não tenho de ser.
Nem sequer eu
 sonho com Odisseus.
 A minha fuga ao real
 cumpriu-se.
Zhivka Baltadzhieva,
Bulgária (1947)
( a tradução, do inglês, é minha)
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