sábado, 24 de dezembro de 2016

Começo, surrealistas e minha história- em construção


POEMA DO COMEÇO

Eu num camelo a atravessar o deserto
 com um ombro franjado de túmulos numa mão muito aberta

Eu num barco a remos a atravessar a janela
 da pirâmide com um copo esguio e azul coberto de escamas

Eu na praia e um vento de agulhas
 com um Cavalo-Triângulo enterrado na areia

Eu na noite com um objecto estranho na algibeira
 – trago-te Brilhante-Estrela-Sem-Destino coberta de musgo


António Maria Lisboa, (1928-1953)







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