(...) Ao
dizer anjo não se é generoso
nem retórico, sem mais,
entende-se, apenas, que o mundo é imperfeito
mas que há rastos, sinais, rostos
de outra realidade que o saturnal invoca.
Ao dizer anjo
pede-se morte, proclamando vida.
Ao dizer anjo-
é certo – designamos o inumano,
o resplendor celeste de singulares humanos
que existem, e não existem, eleitos.
Luis António de Vilhena, Espanha (1951)
( a
tradução é de José Bento)
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