O deus da guerra dispõe-se a partir. Os seus corcéis
empinam se à frente do carro, negros, de longas crinas
e olhos feros, resfolegam ansiosos de começar
a sua viagem para o norte pela abóbada do céu.
E no entanto ainda há pouco os dentes afiados
das pérfidas chamas
se alimentavam como uma espada vermelha
nas cidades, fazendo-as em pedaços
-na última e enlouquecida viagem do deus.
Deus da guerra! podes roubar-nos o céu
e a terra.
Vida, canto-te o meu canto enquanto se aproxima
o ruído
do seu carro.
Hannes Pétursson, Islândia (1931)
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