Tome-se um homem,
Feito de nada, como nós,
E em tamanho natural.
Embeba-se-lhe a carne,
Lentamente,
Duma certeza aguda, irracional,
Intensa como o ódio ou como a fome.
Depois, perto do fim,
Agite-se um pendão
E toque-se um clarim.
Serve-se morto.
Reinaldo Ferreira, (1922-1959)
No plaino jazem
abandonados
frio vento os arrefece
De balas trespassados
a morte os apodrece
soldados? capitães?
Meninos de suas Mães.
Sem comentários:
Enviar um comentário