O último jardim
Louvado seja o primeiro jardim,
o esplendor perdido, que um ciclope
de massacres e de bombas contempla.
Louvor ao anjo negro:
último veículo invocado pelo século
para voltar como loucos ao jardim inicial.
Será a árvore do vício e do abuso.
Não seremos assim tantos,
de nós só um disponibilizará a sua costela
para criar, a partir do último jardim de asfalto
o novo jardim dos mais velhos.
Myriam Moscona (México, 1955), Último
jardin
-traduzido por mim-
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