Adormeci com uma linha escrita na boca
Acordei. Engoli-a. Desapareceu.
Passei o dia com dor de estômago.
Vera Pavlova, Rússia (1963)
Uma nova linguagem: a
linguagem
do mosquito na orelha.
Linguagem dos cães
atacando a obscuridade.
Linguagem de motores na noite;
a linguagem da brisa gelada.
Uma nova linguagem. A linguagem
de uma canção debaixo do negrume
e das estrelas. A linguagem
das pequenas borboletas, os grilos
e o lamento
por uma terra que nunca refresca.
A linguagem da vida.
A voz da dúvida e o acordo.
Nada mais, nada
menos. A oração da água que rega
áridos desertos.
Krzystof Koehler, Polónia, 1963
As traduções-do espanhol- são minhas.
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