sábado, 11 de janeiro de 2014

Assombrosas caem as estrelas



                 9
Eis-me no centro do assombro,
onde não há distinção nenhuma
entre ser queimado e ser fogo.

No centro do assombro,
mordido pelas chamas
e a mordê-las;


VII
O pulsar
das palavras,
atraídas
ao chão
desta colina
por uma densidade
que palpita
entre
a cal
e a água,
lembra
o das estrelas
antes
de caírem.

Carlos de Oliveira, A leve Têmpera do Vento

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