Anna Akmatova (1888-1966)
Para que me
servem exércitos de canções
E o fascínio
da poética sentimental?
Para mim na
poesia nada tem importância
A não ser os
homens.
Quando
souberes de que lixeira
Saem os versos, sem vergonha,
Como uma
flor amarela na cerca,
Como um
cacto ou um cogumelo.
Um grito de
fúria, alcatrão com cheiro fresco,
Bolor
escondido na parede…
E a poesia
já soa fervente, terna,
Para minha e
vossa alegria.
(tradução de Manuel de Seabra)
(tradução de Manuel de Seabra)
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