sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

outras guerras, outros governos...



Velimir Khlébnikov (tradução de Augusto de Campos)

Hoje de novo sigo a senda
Para a vida, o varejo, a venda,
E guio as hostes da poesia
Contra a maré da mercancia.


Eu
Vladímir Maiakóvski (tradução de Haroldo de Campos)

Nas calçadas pisadas
de minha alma

passadas de loucos estalam
calcâneos de frases ásperas
Onde
forcas
esganam cidades
e em nós de nuvens coagulam
pescoço de torres
oblíquas
soluçando eu avanço por vias que se encruzi
-lham
à vista
de cruci-
fixos
polícias

1913

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