5 Landay*
Em segredo ardo, em segredo choro,
sou a mulher pachtun que não pode revelar o seu amor.
Num instante serias um montão de cinzas
se lançasse sobre ti o meu olhar incendiado.
A noite passada tive um sonho que se realizou:
o meu temeroso amante tomou-me nos seus braços em pleno dia.
Que outra coisa pode fazer senão comportar-se como um herói
pois sob a sua cabeça coloco a almofada dos meus brancos
braços?
Se me beijares a boca, deves dar-me o coração.
Os que saem da minha cama, como prenda, deixam o coração.
*dísticos feitos e cantados em coletivo, ainda hoje, por mulheres pachtun,
(do Afeganistão e da diáspora), ritmados por um tambor.
- a tradução, do castelhano, é minha.-
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